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Esquema tático do Palmeiras x Nacional-URU

No jogo contra o Nacional (1x1), o Palmeiras começou o jogo num 3-5-2 com dois volantes e, ainda no primeiro tempo, com as substituições, passou para um 3-4-3, ou 3-4-1-2, com um meia-atacante que se transformava em atacante pelos lados.



O Palmeiras entrou em campo no 3-5-2, com os três zagueiros presos atrás, um volante de marcação e um segundo volante, um meia e dois atacantes; além de um ala mais defensivo (Capixaba) e outro mais ofensivo (Armero).

O maior problema do 3-5-2 (leia post sobre o esquema 3-5-2) é sua vocação defensiva. Não que a simples adoção desse sistema tático implique numa equipe defensiva, mas os jogadores escolhidos podem transformá-lo numa coisa ou noutra. E o Palmeiras saiu armado defensivamente. O ala-direito é defensivo (Capixaba); o segundo atacante é um segundo volante de origem (Diego Souza); o segundo volante não consegue desempenhar a função de meia quando é necessário (Souza); nenhum dos três zagueiros sabe sair para o jogo.

Por diversas vezes, um dos zagueiros se aventurava pelo meio-campo ou chegava ao ataque (raras vezes) e, nessas ocasiões, armaram diversos contra-ataques do Nacional porque não têm um passe qualificado. É uma questão matemática. Os três zagueiros representam 30% do time (fora o goleiro, claro). Some-se a isso os dois volantes e um ala. Ou seja, 60% do time não contribui com a criação de jogadas de ataque.

É possível que um esquema que coloca mais da metade dos jogadores para atuar no sistema defensivo funcione? Claro que sim, desde que o time tenha boas jogadas de contra-ataque ou conte com jogadores de técnica excepcional nos setores de criação e ataque. Exemplo claro disso foi a seleção brasileira de 1994. Um exemplo contemporâneo é o Internacional, que conta com três jogadores de técnica acima da média e são isentos do trabalho de marcação. Vou desenvolver mais esse tópico em outro post.

O técnico Vanderlei Luxemburgo mudou o esquema tático do Palmeiras ainda no primeiro tempo, com as entradas de Marquinhos (no lugar de Capixaba) e Obina (Souza). Como o Nacional não atacava, jogadores de marcação tiveram que criar e não tinham técnica para isso. Souza passou a ser meia e um dos zagueiros passou a se apresentar com mais frequência no meio e nas laterais.



Cleiton Xavier passou a jogar em paralelo com Pierre, Obina passou a fazer a dupla de ataque com Keirrison e Diego Souza desempenhou as funções de meia avançado e terceiro atacante. Jogando mais recuado, teoricamente C.Xavier teria mais espaço para criar. Mas o jogador não está num bom momento técnico, assim como Diego Souza, que mesmo mostrando muita vontade, também não tem feito boas partidas. Sem contar Keirrison e Obina, que estão mal e se perderam na marcação adversária.

Mas por que o problema não foi resolvido? Porque, mesmo com as mudanças, 40% do time não tinha poder de criação e o ataque não está bem. Cleiton Xavier, o único armador, também não está apresentando o mesmo futebol do começo do ano e não tem com quem dividir a tarefa de criar jogadas. Além disso, a última alteração (o volante Jumar entrou no lugar de Keirrison) fez o time voltar à formação que não estava funcionando no começo do jogo.

Leia também:

O Esquema 3-5-2.

O Esquema tático do Nacional-URU.

O Esquema tático do Palmeiras.

Análise tática de Internacional x Palmeiras.

Análise tática de Sport x Palmeiras.

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3 Comentários
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Bruno Pinto disse…
Já vi alguns jogos do Palmeiras e esse Cleiton Xavier parece-me um médio muito interessante. Jovem, rápido, talentoso, bom toque de bola, tem boas condições para poder saltar para um clube europeu a curto prazo.
Bruno, tudo bem?

O Cleiton Xavier é muito bom armador. Bate bem faltas e tem um excelente passe. No momento, não está muito bem, mas é bom jogador.