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Alemanha 4 x 1 Inglaterra. Análise tática. Copa do Mundo 2010

A Alemanha venceu a Inglaterra por 4 a 1, no Free State Stadium em Bloemfontein, pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo da África do Sul 2010. O esquema tático da Alemanha foi o 4-4-2. O esquema tático da Inglaterra foi o 4-4-2 com o meio-campo em linha.

Alemanha



A Alemanha impôs seu jogo aberto e de posse de bola e num 4-4-2 ousado, contando com dois meias abertos que são originalmente atacantes, venceu a partida de goleada. Quando se defende, a Alemanha adota uma linha de três meias à frente dos volantes Schweinsteiger e Khedira, mas Özil volta bem menos que o típico meia centralizado do 4-2-3-1. Durante os 90 minutos, ele é atacante na maior parte do tempo.

Não bastassem Müller e Podolski pelos lados, Özil e Klose na frente, quando recupera a posse de bola, Khedira (principalmente) e Schweinsteiger também chegam à frente alternadamente. O lateral-esquerdo Boateng fica mais no campo defensivo, o que explica a maior liberdade dada a Khedira. Mas do outro lado, Lahm aparece para o apoio com frequência, o que também explica um Schweinsteiger mais preso.

A Alemanha soube se aproveitar do fragilidade apresentada pelo meio-campo inglês nessa Copa e tomou conta do setor. Além disso, impôs seus meias pelos lados frente aos laterais ingleses, que não saíram do campo de defesa. Aula tática de Joachim Löw sobre Fábio Capello e superiodade técnica dos jogadores alemães sobre os ingleses.

As substituições de Löw não modificaram o desenho tático da Alemanha.

Inglaterra



A Inglaterra voltou a apresentar um futebol de baixo nível técnico e o Fábio Capello voltou a ser um técnico que não soube modificar o desenho de sua equipe durante o jogo. O 4-4-2 inglês, com duas linhas de quatro, mostrou todas as suas limitações durante a fase de grupos, como já dizíamos aqui no Esquemas Táticos. A linha de meio-campo funciona bem quando os quatro jogadores têm capacidade de fazer tanto o trabalho ofensivo quanto o defensivo. E, no caso da seleção inglesa, seus jogadores mostraram que não estavam no melhor de sua forma técnica e física.

Barry é um volante de destruição apenas. Não oferece boa saída de bola porque não tem um bom passe e não chega à frente para chutar de longa distância. Mas Lampard e Gerrard não fazem isso? Lampard não esteve bem. Marcou mal e, nos jogos anteriores, pouco saiu para o jogo. Fez isso contra a Alemanha, mas encontrou um adversário melhor preparado que ele pela frente. Gerrard jogou pela esquerda da linha central, caindo pelo meio. Sua lentidão para voltar à linha do meio-campo após um ataque deu espaço para que Lahm e Müller tivessem liberdade daquele lado e impediu as subidas do lateral-esquerdo Ashley Cole, com razão mais preocupado com a cobertura do setor.

O jogo foi perdido no meio-campo. Além de pouco combativo, é pouco criativo. Provavelmente Capello sabia que, em tese, o melhor miolo de seu meio-campo seria com Gerrard e Lampard. Mas ambos não são mais os mesmos. Por isso, teve de lançar mão de Barry. Milner não acrescentou nada à meia-direita. Antes, Lennon também não tinha convencido. Mas Wright-Phillips não teve muitas oportunidades.

Não bastassem todos esses problemas no meio-campo, nas laterais e até na defesa (Rio Ferdinand foi cortado por contusão e seu substituto imediato, Ledley King, que não chegou à África do Sul no melhor de sua forma, também se contundiu durante a Copa), o ataque não funcionou. Rooney não se achou e não repetiu as ótimas atuações realizadas na temporada 2009/2010 pelo Manchester United. Heskey, Crouch e Defoe não funcionaram no esquema de Capello. No jogo contra a Alemanha, o técnico colocou Defoe muito enfiado. Foi facilmente marcado.

Mesmo perdendo o jogo, Capello fez substituições que não mudaram o esquema tático da equipe. Poderia ter colocado Gerrard centralizado à frente do meio-campo, logo atrás dos atacantes, algo parecido com o que faz no Liverpool (na verdade, em seu clube Gerrard atua mais como segundo atacante). Mas ele preferiu colocar Joe Cole e Heskey nas mesmas funções dos jogadores que substituíram (Milner e Defoe).

Análise tática das seleções da Copa do Mundo 2010

Estados Unidos 1 x 2 Gana. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Uruguai 2 x 1 Coreia do Sul. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Brasil 3 x 1 Costa do Marfim. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Inglaterra 0 x 0 Argélia. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

África do Sul 0 x 3 Uruguai. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

França 0 x 2 México. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Espanha 0 x 1 Suíça. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Honduras 0 x 1 Chile. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Brasil 2 x 1 Coreia do Norte. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Costa Marfim 0 x 0 Portugal. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Itália 1 x 1 Paraguai. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Japão 1 x 0 Camarões. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Holanda 2 x 0 Dinamarca. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Alemanha 4 x 0 Austrália. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Sérvia 0 x 1 Gana. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Argélia 0 x 1 Eslovênia. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Inglaterra 1 x 1 Estados Unidos. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Argentina 1 x 0 Nigéria. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

Coréia do Sul 2 x 0 Grécia. Copa do Mundo 2010. Análise tática.

Uruguai 0 x 0 França. Análise tática. Copa do Mundo 2010.

África do Sul 1 x 1 México. Copa do Mundo 2010. Análise tática.

Ouça podcasts com análises de especialistas entrevistados pela Rádio Esquemas Táticos.

Rádio Esquemas Táticos. Bate-papo com Tim Vickery, da BBC de Londres e da Sports Illustrated. Tema: Principais seleções da Copa 2010.

Rádio Esquemas Táticos. Bate-papo com André Rocha, do GloboEsporte.com. Tema: principais seleções da Copa 2010.

Rádio Esquemas Táticos. Bate-papo com Robert Sweeney. Tema: seleções sulamericanas na Copa 2010.

Rádio Esquemas Táticos. Bate-papo com Hugo Albuquerque sobre o Campeonato Brasileiro 2010.

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2 Comentários
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Eduardo disse…
A Inglaterra tem um dilema no meio-campo: seus melhores jogadores são Gerrard e Lampard, que não são wingers, portanto deveriam jogar mais centralizados, mas se escalados ambos como volantes a marcação fica "frouxa", porque eles também não são volantes. Uma solução poderia ser usar um volante atrás deles (o próprio Barry, ou o Carrick), e dois wingers, abastecendo e se aproximando de um único atacante, formando um 4-1-4-1 (ou possivelmente um 4-3-3 quando no ataque)? E uma radicalização de paradigmas, indo para algum sistema com 3 zagueiros, seria viável?
Penso exatamente como você. Se se for utilizar Lampard e Gerrard, o sistema pode ser um 4-1-4-1 com wingers rápidos. Ou abandonar essa linha no meio-campo. Mas acho que os ingleses não aceitariam bem isso.

Abraços, Marcelo Costa.