O Chile começou envolvente, com um jogo muito vertical, e
criou muitas chances de gol. O Equador logo adiantou sua marcação e impediu a
construção de jogadas chilena. Bloqueando o meio campo da Seleção do Chile, a
defesa equatoriana conseguiu marcar o único atacante chileno, Alexis Sánchez.
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No segundo tempo, o técnico do Chile, Jorge Sampaoli,
colocou o Vargas e o Chile passou a atuar com dois atacantes, com Valdívia
atrás deles e Vidal como volante ao lado de Aránguiz. A mudança acabou deixando
mais espaços para a troca de passes da seleção do Equador, que passou a ter
mais chances de gol.
Aos 20 min do segundo tempo, Vidal sofreu pênalti bobo e ele
mesmo foi para a cobrança e fez Chile 1 a 0. As mudanças no Equador — com
Quiñonez no lugar de Lastra e Ibarra no lugar de Martínez — não modificaram o
sistema tático equatoriano, que se manteve no 4-4-2. Mas com as modificações, o
Equador ficou técnico e chegou mais ao ataque. Outro erro do Equador — dessa
vez um passe para trás errado de Ibarra — permitiu que Sánchez tocasse para
Vargas, que fez 2 a 0 aos 38 min do segundo tempo, e deu números finais à
partida.
Chile no 3-4-2-1
O 3-4-2-1 do Chile no primeiro tempo |
O Chile começou o jogo no 3-4-2-1. A linha de três zagueiros
foi formada por Medel pela direita, Jara pelo centro e Mena pela esquerda. A
linha de quatro teve Isla na ala direita, Aránguiz e Díaz pelo centro e
Beausejour como ala esquerdo. À frente deles, Vidal pela centro-esquerda e
Valdívia pela centro esquerda. Na frente, o atacante Alexis Sánchez.
Detalhe do avanço dos jogadores chilenos ao ataque e as linhas defensivas equatorianas |
Isla jogou bem aberto e foi marcado pelo lateral esquerdo
equatoriano, Ayoví. Beausejour, por sua vez, foi marcado pelo meia esquerda
Martínez. Vidal se movimentou bastante por todo o meio campo chileno e, muitas
vezes, abria pela esquerda e jogava bem aberto, obrigando o lateral direito
Paredes a marca-lo. Valdívia jogou mais na faixa central, pela centro-direita,
e foi marcado por Lastra.
No segundo tempo, o Chile atuou no 3-4-1-2 |
No segundo tempo, com a entrada do atacante Vargas no lugar
do ala Beausejour, o Chile mudou seu sistema tático para o 3-4-1-2. Vidal foi
recuado para jogar de volante ao lado de Aránguiz, Mena foi para a ala
esquerda, Díaz para o centro da defesa, Valdívia como o meia-atacante atrás de
Sánchez e Vargas no ataque.
Detalhe do 3-4-1-2 do Chile no segundo tempo, com Vidal como volante e Díaz como zagueiro |
Equador no 4-4-2
O esquema tático do Equador foi o 4-4-2. Em tese, os dois
meias abertos pelos lados deveriam avançar para apoiar os atacantes Enner
Valencia e Miller Bolaños. Entretanto, apenas Montero, pela esquerda, chegava
ao fundo ou fechava em diagonal pelo centro. Martínez, pela direita, pouco
avançou, priorizando a marcação sobre o ala Beausejour.
O 4-4-2 do Equador com Montero revezando com Bolaños no ataque |
Explica-se esta diferença de movimentação, e prioridade de
funções, entre os meias abertos pelo posicionamento de Vidal, que muitas vezes abria
pela esquerda do ataque chileno e era marcado pelo lateral direito do Equador,
Paredes. Do outro lado, Ayoví marcou o ala Isla, já que Valdívia jogava mais
centralizado, pela meia direita, e era marcado pelos volantes equatorianos Lastra
e Noboa. Os zagueiros Erazo e Achilier marcaram Alexis Sánchez.
Na segunda etapa, Bolaños fica mais na linha de meio campo e Montero mais à frente |
Detalhe para a variação no ataque equatoriano. Miller
Bolaños é o atacante de movimentação, o segundo-atacante, e joga pouca atrás de
Valencia. Quando Montero avança como ponta esquerda, é Bolaños quem volta para
recompor a linha de quatro no meio campo. Quando Bolaños avança, é Montero quem
volta. Veja imagem abaixo.
Detalhe do posicionamento do meio campo e do ataque do Equador |
Abaixo, o detalhe da pressão do ataque equatoriano na saída
de bola chilena. São seis jogadores equatorianos contra seis chilenos.
Equador pressiona a saída de bola do Chile e complica a construção de jogadas chilena |
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