O Uruguai venceu a Jamaica por 1 a 0 no Estádio Bicentenario Calvo y Bascuñan, em Antofagasta, pelo grupo B da Copa América do Chile 2015. O Uruguai encontrou muitas dificuldades para penetrar no sistema defensivo da seleção jamaicana. O meio campo povoado da Jamaica dificultou a troca de passes e, muito marcado, Cavani poucas vezes conseguiu receber uma bola limpa do meio campo uruguaio. Tanto que o gol saiu de bola parada, a partir de uma cobrança de falta. Cristian Rodríguez fez 1 a 0. O Uruguai não impressionou. Pelo contrário, decepcionou.
Uruguai no 4-1-4-1 e no 4-1-3-1-1
O Uruguai começou o jogo no 4-1-4-1. O espelhamento do
sistema tático uruguaio pela Jamaica obrigou Óscar Tabárez a rever a estratégia.
O problema do 4-1-4-1 uruguaio foi, exatamente, a falta de avanço do meio
campo. Cristian Rodríguez, Lodeiro e Sánchez não conseguiram trocar passes e
pararam na marcação do meio campo jamaicano, muito povoado e forte. Os lançamentos
encontravam um isolado Cavani, sozinho na frente e muito marcado pela defesa
adversária.
As dificuldades de penetração fizeram com que o esquema
tático fosse modificado e o Uruguai passou a atuar no 4-1-3-1-1. Diego Rolán
foi reposicionado, ficando mais avançado, num misto de segundo-atacante e
meia-atacante, já que voltava para recompor o meio campo quando o Uruguai
perdia a bola.
Abaixo, detalhe do 4-1-3-1-1 do Uruguai, com Diego Rolán fazendo o duplo papel de encostar no centroavante Cavani e recompor a linha de meio campo quando a seleção uruguaia perdia a bola.
Observação importante: De Arrascaeta entrou no segundo tempo
e jogou como segundo atacante. No Cruzeiro, ele vinha sendo escalado por
Marcelo Oliveira como meia central da linha de três no 4-2-3-1 do time mineiro.
Veja detalhe no print abaixo.
Jamaica no 4-1-4-1
A Jamaica jogou no 4-1-4-1, espelhando o esquema tático do
Uruguai. Com isso, povoou o meio campo e dificultou a troca de passes uruguaia
no setor. O time apostou nos contra-ataques, avançando com vários jogadores,
após recuperar bolas ainda no meio campo.
Abaixo, detalhe do 4-1-4-1 da Jamaica.
Em clara inferioridade técnica, os jamaicanos apostaram na
marcação forte. O primeiro-volante Austin não abandonava o campo defensivo e
jogou todo o tempo à frente da defesa. Ele também completava a linha de quatro
central quando algum jogador subia para o ataque para ajudar o centroavante
Mattocks. McAnuff, Barnes e o próprio Mattocks foram os melhores jogadores da
Jamaica no jogo.
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