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A evolução tática e as variações do Internacional na Libertadores

Desde o início do ano de 2015, o Internacional (Brasil) comandado por Diego Aguirre mudou bastante e apresentou variações táticas de um jogo para outro e dentro da mesma partida. O time começou bem inconsistente, mas foi melhorando ao longo do ano. A melhora observada no Inter em 2015 ainda não o credencia ao rótulo de melhor time do Brasil ou das Américas, mas é, sem dúvida, a equipe mais moderna do país.


O Internacional é o time mais moderno do Brasil, o que não quer dizer que seja o melhor



O Internacional é a equipe mais moderna do Brasil porque adapta seu plano de jogo de acordo com o adversário, o objetivo (empate ou vitória) e o contexto (jogo fora ou dentro de casa). Quando precisa atacar, o time de Diego Aguirre vai no 4-2-3-1 ou no 4-1-4-1. Quando precisa se defender, joga no 4-3-2-1 ou arma uma retranca no 3-6-1 ou com cinco defensores no 5-4-1. Muitas vezes, dentro de uma mesma partida, de acordo com o objetivo buscado.

Além disso, o Internacional tem um dos melhores elencos do Brasil. Caso o desmanche do Corinthians se confirme, terá o melhor.


Diego Aguirre desenha seu time no 4-2-3-1, 4-1-4-1, 4-3-2-1 e até nos retrancados 3-6-1 e 5-4-1, dependendo do contexto do jogo



Na primeira partida da Libertadores contra o Strongest (Bolívia), em 17 de fevereiro de 2015, Aguirre começou a testar um misto de 4-1-4-1 com 4-3-2-1. Este primeiro modelo não deu muito certo pelas peças utilizadas, posicionamento errado dos jogadores e, também, pela altitude de La Paz. Os jogadores do Inter demonstraram, claramente, que foram afetados pela altitude.

O 4-3-2-1 utilizado contra o Strongest


Neste esquema, Aguirre pensou um time com dois jogadores abertos para puxar o contra-ataque juntamente com Nilmar como centroavante. Nilton era o único volante de marcação no miolo, ladeado com os volantes-meias Anderson e Aránguiz. A ideia era boa: um volante-meia de armação (Anderson) e outro que carrega a bola (Aránguiz). O problema é que Anderson estava claramente fora de forma, quase não tocou na bola e saiu ainda no primeiro tempo direto para o balão de oxigênio. Os meias-atacantes abertos Sasha (mais corredor e homem de ataque) e D’Alessandro (mais armador) não funcionaram também. Principalmente D’Alessandro, que tinha que seguir o lateral adversário (na altitude de La Paz) e não tem físico pra isso. Ainda no primeiro tempo, foi deslocado para a faixa central.


O Inter no 4-2-3-1 contra o Universidad de Chile

Em 23 de fevereiro, contra o Universidad de Chile (CHI), no Beira-Rio, o esquema tático foi o 4-2-3-1, com Sasha como centroavante, Jorge Henrique como meia-atacante pela esquerda e Vitinho como meia-atacante pela direita. D’Alessandro jogou centralizado. Funcionou melhor e o Inter ganhou de 3 a 1 no Beira-Rio. Mas o time ainda tinha muitos problemas.


O 5-4-1 ou 3-6-1 utilizado contra o Emelec


Contra o Emelec, no Equador, Aguirre testou um esquema com três zagueiros. O 3-6-1 (ou 5-4-1) de Aguirre tinha um problema de criação. Com dois volantes de marcação (Nilton e Nico Freitas) e um volante-meia (Aránguiz) pela esquerda e um armador (Alex) pela direita, o time arrancou um empate em 1 a 1.

O 4-2-3-1 contra o Strongest no Beira-Rio


Em casa, no jogo de volta contra o Strongest, novamente o 4-2-3-1 com um volante de marcação (Rodrigo Dourado) e um volante-meia (Aránguiz). Valdívia foi posicionado pela direita na linha de três. D’Alessandro pelo centro, Sasha pela esquerda e Nilmar na frente. Estava esboçado o time que seria, no futuro, o “titular” de Aguirre. O titular vai entre aspas porque, moderno, o Inter varia escalação e esquematização tática dependendo do objetivo buscado (empate ou vitória), do adversário e do contexto (jogo dentro ou fora de casa).

O 4-3-2-1 usado contra o Grêmio, no Campeonato Gaúcho, na Arena do Grêmio


No primeiro clássico contra o Grêmio (Brasil) pelo Campeonato Gaúcho, fora de casa, o Inter foi no 4-3-2-1 que, como vimos anteriormente, é o esquema pensado por Aguirre para os jogos fora de casa. Foi 0 a 0.


Contra o Atlético Mineiro, no Independência, o 4-3-2-1

O mesmo esquema foi utilizado contra o Atlético Mineiro (Brasil) no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. E este é o momento em que o esquema funcionou bem. Dos jogos do Internacional acompanhados pelo Esquemas Táticos, foi o que o time se saiu melhor. Destaque para a escalação surpreendente (D’Alessandro e Valdívia começaram no banco) e para a confusão gerada no Atlético com a entrada dos dois no segundo tempo. O time fez um jogo seguro, de poucos riscos, jogando no erro do adversário. E foi extremamente eficiente ao conseguir os dois gols e o empate contra o Atlético.

No jogo de volta, no Beira-Rio, o time foi surpreendido pelo Atlético Mineiro. Foi pressionado e, novamente, muito eficiente em se defender, sair para os contra-ataques e fazer três gols nas poucas oportunidades que criou. Tirando o momento entre o primeiro gol do Atlético (2 a 1) e o terceiro do Inter, quando o time ficou um pouco perdido em campo, a equipe controlou bem a partida embora a tenha dominado e sofrido uma grande pressão.


O 4-2-3-1 contra o Santa Fe fora de casa, no El Campin, em Bogotá

No jogo contra o Santa Fe (Colômbia), que atuou no 4-3-1-2, Aguirre inovou fora de casa. No lugar do 4-3-2-1 utilizado nos jogos fora do Beira-Rio, o técnico colocou o Internacional no 4-2-3-1. Não funcionou bem. O três volantes do Santa Fe são, todos eles, armadores. Além disso, o time conta com um meia-atacante (Omar Pérez) que também executa a função. Só Valdívia conseguia cumprir as funções de atacar e defender a contento. Com Sasha claramente esgotado após o primeiro tempo, o time não tinha o contra-ataque, já que Lisandro López é lento e só Valdívia ia e voltava. O time foi pressionado e aguentou bem até o final, quando levou o gol nos acréscimos.

No 4-3-1-2 do Santa Fe (COL), os três volantes são armadores


A conclusão é que o Internacional é um dos times mais interessantes de se observar, porque apresenta variações táticas e de escalação. Também é um time recheado de bons jogadores, com um dos melhores elencos do país na atualidade (se o desmanche do Corinthians se confirmar, será). Entretanto, isso tudo não quer dizer que o Inter é o melhor time do Brasil. Jogou pior que o Atlético Mineiro nas duas partidas das oitavas da Libertadores, assim como na maioria dos jogos fora de casa contra adversários na Libertadores. Seus trunfos são a qualidade técnica dos jogadores, que dá uma incrível eficiência à equipe, e as variações táticas de acordo com o contexto da partida, que faz com que a equipe controle as partidas e consiga os resultados mesmo quando joga mal.


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